Empresas de pequeno porte ameaçadas

09-06-2009 11:19

A crise financeira destruiu os planos de sucesso de fabricantes de computador de pequeno porte. É o que revelam os dados do IDC (International Data Corporation). Os números mostram que os líderes do setor tomaram cerca de 10% do mercado de seus concorrentes, apenas nas vendas realizadas nas redes varejistas, nos últimos seis meses. A líder de vendas Positivo viu suas vendas saltarem de 23,3%, no terceiro trimestre de 2008, para 30%, no primeiro trimestre de 2009. É seguida pela Semp Toshiba, que foi de 7,5% a 13,2%. 

Antes da "explosão" da crise, as companhias de menor porte tinham investido pesado para entrar em um mercado que vinha crescendo, em média, 30% no caso dos PCs e 100% no dos notebooks. Mas, quando tudo parecia estar indo bem uma bomba devastadora destruiu os planos dessas pequenas empresas. Mesmo com a crise, a necessidade de adquirir PCs era e ainda é grande, mas para evitar problemas os consumidores preferem comprar produtos de grandes empresas (antigas no mercado) afundando a participação das menores no espaço comercial. 

A grande febre por computadores levou os "gigantes dos eletroeletrônicos" a entrarem nesse negócio, como Philips, Samsung e LG. Mas a desvalorização cambial, que fez o dólar disparar, encareceu os componentes dos computadores (tanto PCs quanto notebooks), provocando uma alta no preço final de até 25%. No setor, a maior parte dos componentes que integram os computadores é importada, motivo do encarecimento do produto.  

Uma outra grande dificuldade enfrentada por esses fabricantes foi a escassez de crédito. Os fornecedores de insumos (como memórias e placas-mãe) deixaram de facilitar o pagamento. O que gerou uma redução no fluxo de caixa. A alta do dóla, não foi totalmente repassada para o consumidor. E as margens de lucro, que antes eram de 20%, caíram para 6%. Só aqueles que tinham condições de buscar crédito e compra grandes quantidades de insumos conseguiu atraveçar a pior parte da crise financeira. Esse grupo é formado pelas líderes do setor, que tinham capital acumulado podendo assim sobreviver a crise.     

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